Começamos a escola e junto com as aulas e as novas amizades chegaram as temidas bronquiolites.
Mas afinal o que é a bronquiolite? Quais os sinais ? Será que a podemos prevenir? Qual é o tratamento?
Com este artigo, pretendemos dar resposta a estas e muitas outras questões que os papás nos costumam fazer.
Comecemos pelo princípio. O que é a bronquiolite?
É uma infeção frequente dos pulmões causada por um vírus. Esta infeção faz com que os bronquíolos fiquem “inchados”, o que torna a respiração da criança mais difícil.
A maioria das bronquiolites é causada pelo vírus sincilial respiratório (VSR) e atinge a maioria das crianças até aos 2 anos. Normalmente esta infeção é mais frequente no Inverno e no início da Primavera.
Quais os sinais e sintomas que uma criança apresenta quando está com uma bronquiolite?
Os mais comuns são a rinorreia (nariz a pingar), febre e tosse. No entanto existem outros sinais que a criança também pode apresentar como: irritabilidade, menos apetite, respirar mais rápido, respiração ruidosa tipo pieira (“gatinhos”), adejo nasal (parece que o narizinho está a “bater as asas”), pode apresentar umas covinhas no peito (por baixo da caixa torácica), entre outros.
A tosse da criança é sempre igual ao longo da infeção?
Não. Por norma, no início, a tosse será mais seca e superficial e após alguns dias a criança poderá começar a libertar expectoração quando tosse, e nesse caso é bom sinal, apesar de parecer que a criança está pior, significa que está a melhorar e a tentar libertar-se do muco e da infeção.
Quando a criança tem bronquiolite, tem sempre de ser internada?
Não. A maioria das crianças com bronquiolite adoece de forma ligeira com alguma tosse ou pieira, não exigindo tratamento muito especializado. Por norma, a bronquiolite viral demora cerca de 7 a 10 dias até passar.
A bronquiolite pode ser mais grave em algumas crianças do que outras?
Sim, na verdade pode. A bronquiolite pode ser mais grave em bebés com menos de 3 meses; em crianças que vivem em lares onde há fumadores; em crianças que nasceram prematuras; crianças asmáticas; crianças com doenças cardíacas ou em crianças com problemas no seu sistema imunitário.
Posso ajudar o meu filho em casa?
Sim. Existem algumas coisas que os papás poderão fazer para ajudar.
- Colocar a criança mais sentada de forma a ajudar na respiração;
- Durante a noite elevar a cabeceira da cama da criança;
- Realizar lavagem nasal sempre que necessário;
- Se tiver febre dar medicação conforme indicação do pediatra (atenção, os medicamentos para a febre devem ser dados de acordo com o peso da criança e não de acordo com a sua idade);
- Não fumar ao pé da criança;
- Aumentar a ingestão de líquidos (maminha – para crianças que ainda estão a ser amamentadas; ou água) – se a criança não quiser beber oferecer aos bocadinhos;
- Se a criança não demonstrar grande interesse em comer é preferível comer mais vezes em menor quantidade;
- Estar em contacto com o pediatra que acompanha o seu filho, caso este piore e necessite de ir ao hospital.
Quais os sinais que devo estar atento e levar o meu filho ao hospital?
- Se apresentar dificuldade em respirar (nariz a “bater as asas”, covinhas no peito, pieira)
- Se a pele ficar mais azulada (em torno da boca, olhos, unhas) ou mais pálida que o habitual;
- Se tem mais sono que o habitual e não quer brincar. Se estiver pouco ativo;
- Se estiver desidratada (com os olhos encovados, urinar menos, boca seca, etc.);
- Se não consegue confortar a criança de nenhuma forma;
- Se não conseguir comer nem beber.
Existe alguma forma de prevenir?
Sim, existem algumas medidas que poderão ajudar como por exemplo:
- Lavar frequentemente e corretamente as mãos;
- Evitar locais com muitas pessoas;
- Não fumar junto da criança;
- Amamentar o seu bebé (se for o caso) – o aleitamento materno é uma medida eficaz na prevenção, e diminui em um terço o risco de hospitalização por infeção do trato respiratório inferior;
- Em alguns casos específicos o seu pediatra poderá aconselhar a realização de uma vacina, que embora não impeça a infeção, previne formas graves da doença.
Esperamos ter ajudado a esclarecer algumas das suas dúvidas!
Referências utilizadas na realização deste artigo:
Bronquiolite: Diretrizes para o diagnóstico, tratamento e prevenção
Author: Ana Gaspar
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