Aventura do Cuidar > Dúvidas > Amamentação > Dificuldades > HIV e Amamentação

HIV e Amamentação

5 de Fevereiro, 2021 Amamentação, Dificuldades

O aumento do número de casos de mulheres com HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) em todo o mundo levou, consequentemente, ao aumento dos casos em crianças. A maioria dos casos decorreu por transmissão vertical, ou seja o HIV foi transmitido da mãe para o bebé durante a gravidez, no parto ou através da amamentação.

Nos países desenvolvidos a implementação de algumas estratégias como os testes rápidos de HIV para as mulheres grávidas, o parto por cesariana quando indicado e a combinação de medicação (antirretrovirais) para a mamã e bebé e a substituição do leite materno resultaram numa diminuição significativa do número de casos em crianças.

Todos sabemos que o aleitamento materno, traz inúmeras vantagens tanto para a mãe como para o bebé, no entanto, alguns estudos referem que o risco de transmissão do HIV ronda os 14%, pelo que se deve evitar.

Mas sendo a mamã HIV positivo, não sendo possível amamentar, como é alimentado o bebé? De acordo com as orientações dadas pela OMS (Organização mundial de saúde) nestes casos, a amamentação é substituída por leite adaptado a bebés, durante todo o tempo que a criança necessitar.

É importante no momento da alta hospitalar, assegurar que as mamãs têm acesso a aconselhamento especializado em aleitamento e que lhes seja fornecido o leite para o seu bebe.

De acordo com o Código Internacional de Marketing dos Substitutos do Leite Materno, Biberões e Tetinas, publicado pela Direcção-Geral de Saúde em 2009, artigo 6.º ponto 6.6, este leite é doado ou entregue gratuitamente às mamãs, no entanto tem de ter prescrição médica. Por norma é fornecido pelas farmácias hospitalares, ou seja, no hospital.

Referências utilizadas para a realização deste artigo: