Já não é de agora que costumamos ouvir dizer “Mais vale prevenir, do que remediar”. Pois é, a vacinação é das coisas mais importantes que podemos fazer para proteger os nossos filhos contra inúmeras doenças. Mais vale prevenir a doença do que a tratar a seguir.
Ao longo de muitos anos, as vacinas preveniram inúmeros casos de doenças e salvaram milhões crianças em todo o mundo.
É um direito e um dever de todos. Ao vacinarmos os nossos filhos, estamos a defender a sua saúde e a saúde de todos.
Então, mas afinal o que são vacinas?
As vacinas são substâncias como vírus ou bactérias inativadas, ou vivas mas enfraquecidas, que ao serem introduzidas no organismo da criança estimulam o seu sistema imunitário a desenvolver defesas contra os microrganismos que provocariam a doença. Conferindo assim, imunidade.
Ou seja, as vacinas são o substituto mais seguro para a primeira exposição da criança a uma doença, pois a criança recebe proteção sem precisar de ficar doente.
Programa nacional de vacinação (PNV)
O PNV é um programa universal, gratuito e acessível a todas as pessoas em Portugal.
O esquema de vacinação tem por objetivo obter a melhor proteção, na idade mais adequada e o mais cedo possível. Algumas vezes para garantir uma proteção mais eficaz, poderá haver necessidade de se fazer doses de reforço.
Atualmente em Portugal, desde 1 de Outubro de 2020 o esquema geral recomendado é o seguinte:
https://www.dgs.pt/normas-orientacoes-e-informacoes/normas-e-circulares-normativas/norma-n-0182020-de-27092020-pdf.aspx
Com a introdução deste novo plano, vacinas não comparticipadas passaram a fazer parte do PNV. São elas:
- A vacina meningocócica B (MEN B) para todas as crianças, no primeiro ano de vida;
- A vacina do Vírus do Papiloma Humano (HPV) para todos os rapazes, aos dez anos.
- A vacina contra o rotavírus (vacina ROTA) para grupos de risco, a partir do mês de dezembro de 2020.
Então e a vacina da BCG? Não está incluída no Programa Nacional de Vacinação?
Atualmente em Portugal existe um baixo grau de risco de infecção por tuberculose, assim e conforme preconizado pela Organização Mundial de Saúde e pela UNICEF apenas são vacinadas as crianças com idade inferior a 6 anos pertencentes a grupos de risco.
Assim serão vacinadas crianças provenientes de países com elevada incidência de tuberculose; Crianças com pais que apresentem infecção HIV, dependência de álcool ou drogas, que sejam naturais de países com elevada incidência ou com antecedentes de tuberculoses; Crianças que pertençam a comunidades com risco elevado de tuberculose; Crianças viajantes para países de elevada incidência.
Outra pergunta frequente dos papás, é se existem riscos ao vacinarem os seus bebés?
É importante os papás saberem que todas as vacinas autorizadas têm um elevado grau de segurança e eficácia e por isso, são raras ou muito raras as reações graves associadas às vacinas.
Então e quais são as reações mais comuns às vacinas? E o que posso fazer?
As reações mais comuns às vacinas são as reações ligeiras no local (dor, vermelhidão, inchaço) onde a criança leva a vacina, seja no braço ou na coxa.
Nestes casos os papás podem colocar um pouco de gelo (embrulhado num pano) sem fazer pressão e fazer uma ligeira massagem no local.
Por vezes poderá ocorrer febre, deverá verificar junto do enfermeiro ou do seu médico assistente se poderá dar Paracetamol para baixar a temperatura.
Podem ainda ocorrer reações alérgicas, não graves a componentes da vacina (como por exemplo em crianças com alergia ao ovo, uma vez que existem vacinas com proteína do ovo (VASPR). No entanto, este aspeto não constitui uma contraindicação à vacinação, ou seja, esta deve ser feita como habitualmente, a única diferença é que provavelmente o seu médico assistente aconselhará a que a vacina seja realizada em meio hospitalar.
Por forma a diminuir o desconforto causado pela vacina as mamãs podem amamentar o seu bebé durante e/ou imediatamente após a vacina.
O que devo fazer se o meu filho tiver uma vacina em atraso?
Se por algum motivo houve um atraso na vacina, deverá se dirigir ao seu Centro de Saúde com a maior brevidade possível e com o boletim de vacinas do seu filho, de forma a que seja dada a vacina em falta.
Resumindo, as vacinas são seguras e eficazes e imunidade é das melhores coisas que os papás podem dar aos seus filhos. Esperamos ter esclarecido algumas das suas dúvidas.
Referências utilizadas para a realização deste artigo
- https://www5.bahiana.edu.br/index.php/enfermagem/article/view/39 (acedido a 25/10/2020)
- https://www.dgs.pt/normas-orientacoes-e-informacoes/normas-e-circulares-normativas/norma-n-0182020-de-27092020-pdf.aspx (acedido a 25/10/2020)
- https://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/normas-e-circulares-normativas/norma-n-0062016-de-29062016-pdf.aspx (acedido a 26/10/2020)
- https://www.dgs.pt/documentos-e-publicacoes/perguntas-frequentes-sobre-vacinacao-pdf.aspx (acedido a 26/10/2020)

Author: Ana Gaspar
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